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5 ditados populares que você sempre ouviu errado e nunca desconfiou

Alguns dos ditados mais conhecidos do Brasil são ditos de forma errada há tanto tempo que a maioria das pessoas nem percebe. Veja quais são e a versão correta de cada um

Menina surpresa ao ouvir algo
(Imagem: Freepik)

Os ditados populares fazem parte do nosso vocabulário desde sempre. Eles surgem em conversas, conselhos, broncas e piadas — muitas vezes repetidos automaticamente, sem que a gente pare para pensar no que realmente significam.

O problema é que alguns deles são falados da forma errada há tantas gerações, que o erro virou o novo normal. E o mais curioso: a maioria das pessoas nem desconfia que está falando errado.

Por isso, listamos 5 ditados populares que você provavelmente sempre disse de forma incorreta.

Veja a forma certa e se surpreenda-se:

Quem tem boca vai a Roma

Correto: Quem tem boca, vaia Roma

Todo mundo acha que esse ditado quer dizer que quem fala, chega longe. Mas, na real, o original é vaia Roma, com o sentido de criticar.

Lá atrás, significava que quem tem coragem de falar, tem coragem de se opor até aos poderosos — tipo o Império Romano. Só que o verbo vaiar caiu em desuso, e o pessoal começou a entender como ir pra Roma. E pegou.

Cuspido e escarrado

Correto: Esculpido em Carrara

Usado pra dizer que alguém é muito parecido com outra pessoa. Mas a expressão original era esculpido em Carrara o mármore italiano famoso por esculturas perfeitas.

Com o tempo, esculpido em Carrara virou uma bagunça de pronúncia e chegou no absurdo cuspido e escarrado. Que continuou sendo usado, mesmo sem sentido literal nenhum.

Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão

Correto: Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão

Essa veio de uma cantiga infantil e sofreu com a oralidade. A palavra esparrama nunca existiu nessa forma. O correto é espalha a rama a rama é a parte da planta da batata que cresce sobre a terra.

Quem não tem cão, caça com gato

Correto: Quem não tem cão, caça como gato

O sentido é de improvisar, né? Mas a frase original não envolve o gato como ferramenta. O certo é que, sem cão, a pessoa caça do jeito que um gato caçaria: na surdina, com esperteza.

A palavra como sumiu com o tempo e virou com.

Cor de burro quando foge

Correto: não tem.

Esse ditado é uma bagunça mesmo. Cor de burro quando foge virou piada por si só, porque… ninguém sabe que cor é essa. Ele surgiu provavelmente como resposta irônica pra quem perguntava a cor de algo sem noção — e pegou como se fosse sério.

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