O STF inicia nesta segunda-feira (9) os interrogatórios de Jair Bolsonaro e outros sete réus no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
A ação é considerada uma das mais relevantes da história recente do Supremo e coloca no centro da pauta o núcleo político-militar do ex-presidente.
As audiências ocorrem ao longo da semana, presencialmente, na sede da Corte em Brasília. Os depoimentos devem durar até a próxima sexta-feira (13) e são conduzidos pelos ministros da Primeira Turma do STF.
Núcleo principal começa a ser ouvido
A lista de réus inclui nomes estratégicos do antigo governo e membros das Forças Armadas. Além de Bolsonaro, respondem ao processo:
- Mauro Cid (ex-ajudante de ordens e delator),
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça),
- Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa),
- Augusto Heleno (ex-chefe do GSI),
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa),
- Alexandre Ramagem (deputado e ex-diretor da Abin),
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha).
Walter Braga Netto, que está preso preventivamente, será ouvido por videoconferência.
Acusações e consequências do processo
Os réus são acusados de crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio público tombado.
Após essa fase de interrogatórios, as defesas e a PGR poderão solicitar novas diligências. Em seguida, o processo entra na fase de alegações finais e, por fim, julgamento com possibilidade de penas superiores a 30 anos de prisão.
A expectativa é que as decisões do STF neste caso definam os rumos de futuras ações penais envolvendo autoridades e militares ligados a eventos de 2022.
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