O deputado estadual Lucas Bove (PL-SP) voltou à Justiça contra sua ex-esposa, a influenciadora digital Cíntia Chagas, e pediu sua prisão sob a acusação de descumprimento de decisão judicial que impunha sigilo sobre os detalhes da separação. As informações são da Folha de São de Paulo.
Conforme o jornal, o parlamentar ainda solicitou que ela seja proibida de fazer novas postagens relacionadas à violência doméstica em suas redes sociais.
O pedido foi apresentado após Cíntia publicar um vídeo em 6 de junho no Instagram, em que relata, em terceira pessoa, situações de violência sofridas por “mulheres independentes”. Para os advogados de Bove, a postagem faz referência direta ao caso entre os dois, o que violaria medidas cautelares estabelecidas anteriormente.
A defesa da influenciadora reagiu com veemência. As advogadas alegam que a publicação é genérica, sem menção direta ao parlamentar, e consideraram o pedido de prisão como “espantoso e indignante”. Elas também anexaram ao processo prints e registros de momentos em que o próprio Lucas Bove teria comentado publicamente sobre o fim do relacionamento.
Apesar do título chamativo, os advogados do deputado esclareceram que a intenção principal da petição atual é pedir a instauração de um inquérito policial por crime de desobediência e a formalização de nova proibição expressa de publicações — e não a decretação imediata da prisão.
Essa não é a primeira tentativa de Bove de ver Cíntia presa. No fim de maio, a Justiça já havia negado um pedido semelhante. Na ocasião, a juíza Carla Santos Balestreri, do Fórum Criminal da Barra Funda, concluiu que não havia “comprovação inequívoca de descumprimento da medida cautelar”.
O relacionamento entre os dois terminou de forma turbulenta em 2024, após três meses de casamento. Cíntia relatou episódios de violência física e psicológica, comportamento abusivo e ameaças. A Justiça concedeu medidas protetivas à influenciadora, que também denunciou Bove por violência doméstica à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo.
O caso segue sob segredo de Justiça. Até o momento, o novo pedido ainda não foi analisado.
