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Saúde

Climatério e menopausa: a melhor fase da sua vida pode começar agora

Ginecologista Antônio Carlos Júnior dá dicas valiosas sobre autocuidado

Foto: Reprodução

Mais do que um marco biológico, o climatério e a menopausa representam uma revolução no corpo feminino. Caracterizada pela queda hormonal e por sintomas que vão de fogachos a alterações emocionais, essa transição, que geralmente começa entre os 40 e 50 anos, ainda é cercada de tabus.

No entanto, segundo o ginecologista Antônio Carlos Júnior, da Hapvida, essa etapa pode ser o pontapé para uma vida mais saudável e plena — desde que haja acompanhamento médico, mudanças de hábitos e, acima de tudo, acolhimento.

Em meio a desafios como risco cardiovascular e envelhecimento da pele, a chave está em transformar o autocuidado em aliado. Afinal, como defende o especialista: “A melhor fase da sua vida pode começar agora”

A passagem da fase reprodutiva para o pós-menopausa é inevitável na vida da mulher. Conhecido como climatério, esse período de transição é marcado por transformações físicas e emocionais que exigem atenção, cuidado e, acima de tudo, informação. “Essa é uma fase natural, mas cheia de mudanças. Compreendê-la é essencial para viver com mais saúde e qualidade de vida”, afirma o ginecologista.

Quebrando tabus, valorizando a vida

O climatério ainda é tratado como um tema delicado, mas falar sobre ele é o primeiro passo para desmistificá-lo. “Essa fase não precisa ser um período de sofrimento. Com informação e hábitos saudáveis, a mulher pode encontrar plenitude e até redescobrir sua sexualidade”, afirma Antônio Carlos.

O médico destaca ainda que envelhecer é natural, mas a qualidade desse processo depende de como a mulher enfrenta o processo. Para ele, a menopausa não é um limite, e sim um convite a cuidar de si com ainda mais carinho.

Menopausa: um novo começo

Longe de ser um “fim”, a menopausa pode inaugurar uma etapa de autoconhecimento e vitalidade. “Não aceite o envelhecimento precoce como algo natural. Com responsabilidade e cuidado, é possível proteger o coração, os ossos e manter a autoestima elevada”, destaca o especialista da Hapvida. Além disso, o apoio psicológico e a conexão com redes de acolhimento — como grupos de mulheres na mesma fase — são ferramentas valiosas para enfrentar desafios emocionais.

O que é o climatério?

O climatério representa a transição entre a fase fértil e não reprodutiva da mulher, podendo durar de 2 a 8 anos. É caracterizada pela diminuição progressiva dos hormônios femininos, principalmente estrogênio e progesterona, resultando em menstruações irregulares até a cessação definitiva — evento que define a menopausa, confirmada após 12 meses consecutivos sem ciclos menstruais. Geralmente iniciado entre os 40 e 50 anos, o processo varia individualmente e traz consigo uma série de alterações que impactam o corpo e a mente.

Sintomas

Embora as ondas de calor (fogachos) e os suores noturnos sejam os sintomas mais conhecidos, as mudanças vão além. Fisicamente, há perda de massa muscular e óssea, aumento do risco cardiovascular, ressecamento vaginal, ganho de peso e alterações na pele e cabelos. No campo emocional, oscilações de humor, irritabilidade, ansiedade e até depressão podem surgir, muitas vezes agravados por noites mal dormidas. “Esses impactos não são obrigatórios. Eles podem e devem ser controlados”, reforça Antônio Carlos.

Cuidados que transformam

A chave para atravessar o climatério com leveza está no acompanhamento médico especializado. Monitorar a saúde cardiovascular, óssea e metabólica é fundamental, bem como avaliar a necessidade de terapias hormonais ou alternativas para alívio dos sintomas. Entretanto, os hábitos diários são igualmente decisivos:

• Alimentação equilibrada: priorize nutrientes como cálcio, vitamina D e fibras.
• Atividade física regular: combate a perda muscular, fortalece ossos e melhora o humor.
• Manejo do estresse:práticas como meditação e yoga ajudam no equilíbrio emocional.
• Hidratação e cuidados com a pele: minimizam o envelhecimento acelerado.

“A terapia hormonal, quando bem indicada, pode ser uma aliada poderosa. Mas cada caso deve ser individualizado”, ressalta o médico.

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