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Política

Alexandre de Moraes vota por condenar mulher do áudio “quebramos o STF” a 17 anos de prisão

Ré é acusada de liderança e participação ativa nos atos de depredação em 8 de janeiro

Alexandre de Moraes durante sessão no STF
(Foto: Reprodução)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (13) pela condenação da ré Shirley de Andrade a 17 anos de prisão pelos crimes cometidos durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

A decisão foi proferida no plenário virtual da Primeira Turma da Corte. Moraes, relator do processo, foi o primeiro a votar.Os demais ministros têm até o dia 24 de junho para depositar seus votos.

Acusada de liderar e incentivar depredações

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Shirley teve participação ativa e consciente na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

Contudo as provas extraídas do celular da ré como áudios, vídeos, mensagens de WhatsApp e dados de geolocalização apontam que ela não apenas participou dos atos, como os comemorou em tempo real.

Em um dos áudios, Shirley diz:

“Invadimos o STF, invadimos o Congresso, invadimos o Planalto (…). Quebramos o STF inteiro, todinho, inteiro.”

Ela também aparece ironizando a destruição de dentro do Supremo:

“Está aí a casa do Xandão acabada. Só saio se o Exército vier.”

Condenação inclui multa e crimes múltiplos

Moraes propôs pena de 15 anos e 6 meses de reclusão, além de 1 ano e 6 meses de detenção, totalizando 17 anos de pena. Ele também votou para que Shirley pague 100 dias-multa, no valor de 1/3 do salário mínimo por diaMoraes vota por 17 anos….

A ré foi enquadrada nos crimes de:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado
  • Deterioração de patrimônio tombado
  • Associação criminosa armada

Defesa nega, mas provas são consideradas “explícitas”

Shirley apresentou defesa escrita, na qual afirmou não reconhecer os áudios e alegou que seu celular havia sido furtado. Ela também declarou que nunca esteve no Palácio do Planalto e que não participou da destruição.

No entanto, Moraes destacou que as provas são tão consistentes e autoexplicativas que dispensam esclarecimentos adicionais. Para ele, há confissão implícita e liderança nos atos:

“As evidências digitais forenses, registros audiovisuais, comunicações em tempo real e dados de geolocalização se alinham, de modo a superar qualquer dúvida sobre o envolvimento da ré.”

Contudo, para mais atualizações sobre o julgamento dos atos de 8 de janeiro, siga: @todasasnoticiasbr

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