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Apagão na Europa pode acontecer no Brasil? Entenda os riscos

Eventos recentes mostram que o sistema elétrico brasileiro enfrenta desafios semelhantes aos europeus

Foto: Reprodução

O apagão que atingiu Espanha e Portugal nesta segunda-feira (28) levantou preocupações sobre a possibilidade de um evento semelhante ocorrer no Brasil. Embora os sistemas elétricos sejam distintos, o histórico recente de interrupções no fornecimento de energia no país alerta para os riscos que existem e merecem atenção.​

Enquanto o apagão europeu tenha sido atribuído a um fenômeno atmosférico raro, os desafios enfrentados pelo Brasil estão mais relacionados à integração de novas fontes de energia e à necessidade de modernização do sistema elétrico.

Em 15 de agosto de 2023, o Brasil enfrentou um apagão que afetou 25 estados e o Distrito Federal, deixando cerca de 29 milhões de pessoas sem energia elétrica. Segundo o Relatório de Análise de Perturbação (RAP) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a principal causa foi a falha no desempenho de equipamentos de controle de tensão de usinas eólicas e solares no Ceará. Esses dispositivos não conseguiram compensar a queda de tensão após o desligamento da linha de transmissão Quixadá-Fortaleza II, provocando uma série de desligamentos em cascata no Sistema Interligado Nacional (SIN) .​

Além disso, um relatório do ONS divulgado em fevereiro de 2025 alertou para o risco de apagões em nove estados brasileiros entre 2025 e 2029, devido à sobrecarga elétrica causada pelo crescimento da geração de energia solar. O fenômeno de “fluxo reverso”, onde o excesso de energia gerada retorna ao sistema de transmissão, pode resultar em desligamentos do sistema elétrico.

Os casos nacionais mais recentes demonstram que, embora o sistema elétrico brasileiro tenha características que o diferenciam do europeu, como uma matriz energética mais diversificada e uma maior extensão territorial, ele não está imune a falhas. A crescente integração de fontes renováveis, como solar e eólica, exige investimentos contínuos em infraestrutura, monitoramento e atualização de modelos operacionais para garantir a estabilidade do fornecimento de energia.

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