Fique conectado com a gente

Olá, o que você está procurando?

Saúde

Casos de hemodiálise disparam no Brasil e acendem alerta sobre hipertensão

Número de pacientes com doença renal crônica sobe 57,6% em uma década; Goiás registra 4,9 mil em tratamento pelo SUS

Foto: Reprodução

O número de brasileiros que dependem da hemodiálise para sobreviver aumentou 57,6% nos últimos dez anos, alcançando mais de 155 mil pessoas em 2023, segundo dados do Censo da SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia). O crescimento expressivo preocupa especialistas e chama atenção para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença renal crônica (DRC), especialmente entre grupos mais vulneráveis.

Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da DRC estão a hipertensão arterial, o diabetes, a obesidade, o histórico familiar e o envelhecimento. No entanto, a hipertensão merece atenção especial, destacam especialistas. De acordo com Pedro Junqueira, médico urologista com doutorado pela USP (Universidade de São Paulo), a doença, muitas vezes assintomática, vai lesionando os vasos sanguíneos dos rins de forma silenciosa. “Quando o problema aparece, o órgão já está comprometido”, explica.

O alerta ganha ainda mais relevância no mês de maio, com a chegada do Dia Mundial da Hipertensão, celebrado no dia 17. A data busca conscientizar a população sobre os impactos da pressão alta, que atinge cerca de 38 milhões de brasileiros adultos, de acordo com o Ministério da Saúde.

“É essencial que pacientes com hipertensão incluam em seus exames de rotina um teste de creatinina, que avalia indiretamente a função renal, e um exame de urina simples, que detecta perda de proteína. Esses são os primeiros sinais de lesão nos rins”, orienta o médico, sinalizando que, a depender do caso, a hemodiálise será a única solução.

As sessões de hemodiálise – tratamento que substitui artificialmente a função dos rins – costumam ser realizadas de duas a três vezes por semana, com duração média de quatro horas. “É um procedimento desgastante, que impõe mudanças profundas na rotina do paciente e da família. O mais grave é que, na maioria dos casos, a progressão da doença poderia ter sido evitada com acompanhamento adequado”, afirma Junqueira.

Cenário regional

Em Goiás, a situação reflete o cenário nacional. Dados da SES-GO (Secretaria de Estado da Saúde) revelam que existem 4,9 mil pacientes renais crônicos em tratamento de hemodiálise pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no estado. Para ampliar o acesso ao tratamento, a secretaria aumentou em quatro unidades a rede de TRS (Terapia Renal Substitutiva), elevando para 36 o número de estabelecimentos com esse serviço em Goiás.

Especialistas apontam que a prevenção começa com hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática regular de atividade física, controle do peso e abandono do tabagismo. Além disso, a conscientização sobre a saúde renal precisa entrar na pauta da atenção básica.

“A doença renal crônica cresce em ritmo alarmante no Brasil e o caminho mais eficaz para frear essa curva é a prevenção. A data mundial do rim, celebrada em março, e o Dia da Hipertensão, em maio, são oportunidades de colocar o tema no centro do debate”, conclui Junqueira.

Leia também

Saúde

Profissional reforça que a higiene frequente das mãos, o uso de máscara em locais fechados, uma boa ventilação dos ambientes e manter a vacinação...

Famosos

Jornalistas destacam sucesso do Programa Silvio Santos em Goiás; emocionada, apresentadora agradeceu à homenagem

Geral

Juros altos dificultam controle das contas, ressalta a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás; índice de devedores cresceu quase 7% em abril...

Dicas

Estabelecimentos participantes desenvolvem receitas inéditas, inspiradas nas tradições da cozinha regional