Você já parou para contar quantos passos dá por dia? Se usa um relógio inteligente, provavelmente já conferiu essa métrica. Cientistas descobriram que a quantidade ideal de passos pode ser mais importante do que você imagina, já que ela pode reduzir significativamente os malefícios do sedentarismo.
Um estudo realizado pela Universidade de Sydney, com dados de 72 mil pessoas, mostrou que quem atingiu uma meta diária de passos teve até 39% menos risco de morte precoce.
O tempo sentado e seus efeitos
O estudo também revelou que, em média, as pessoas ficam sentadas por 10,6 horas por dia – uma realidade para muitos trabalhadores. O foco foi em pessoas saudáveis nos primeiros anos de vida adulta, o que garante resultados mais precisos para esse grupo.
Entretanto, a pesquisa não esclarece se pessoas com limitações físicas participaram, o que pode afetar os resultados para quem tem dificuldades de locomoção.
Quantos passos são necessários?
De acordo com o estudo, entre 9 mil e 10 mil passos diários foram suficientes para reduzir em 21% o risco de doenças cardíacas e 39% o risco de morte prematura. Ficar sentado por mais de 10 horas por dia é prejudicial, mas a boa notícia é que é possível reverter parte dos danos com uma ação simples: caminhar.
Como foi realizada a pesquisa
Os dados utilizados no estudo vêm do UK Biobank, banco de dados que acompanha a saúde da população britânica desde 2006. Durante sete dias, os participantes usaram acelerômetros para contar a quantidade de passos dados e medir o nível de atividade.
Matthew Ahmadi, líder do estudo, alertou: “Isso não é um passe livre para ficar sentado o dia todo”. O ideal é combinar os passos com menos tempo de inatividade.
Benefícios antes da meta máxima
O mais interessante é que os benefícios começam a aparecer mesmo com uma meta mais baixa. Com 4 mil a 4,5 mil passos diários, já é possível obter 50% da proteção contra os riscos do sedentarismo – um número alcançável com ajustes simples na rotina.
