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Mais de 5 mil brasileiros serão expulsos de Portugal após decisão do governo

Medida faz parte de esforço para regularizar imigração no país; número de rejeições quase dobrou em um mês

Avião da TAP, de Portugal. (Imagem: Ilustração/Captura de tela/Youtube)

O governo de Portugal vai obrigar 5.386 brasileiros a deixarem o país nos próximos dias. Eles estão entre os 33.983 imigrantes que tiveram pedidos de residência negados e estão sendo notificados a sair de forma voluntária — ou serão expulsos à força, se necessário.

O anúncio foi feito nesta semana pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro, durante uma coletiva de imprensa sobre o Plano de Ação para as Migrações.

Segundo ele, o número de indeferimentos quase dobrou em pouco mais de um mês, saltando de 18 mil para quase 34 mil casos.

Brasileiros lideram a lista de expulsões nas Américas

Entre os imigrantes que mais serão afetados estão cidadãos da Ásia, como indianos, bangladeshianos e nepaleses. No entanto, os brasileiros aparecem como o segundo grupo mais numeroso, com 5.386 pessoas notificadas.

Eles estão à frente de venezuelanos (234), colombianos (236) e argentinos (180), reforçando a preocupação entre a comunidade brasileira residente em Portugal.

Notificações aceleradas

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima) está emitindo cerca de 2.000 notificações por dia. O processo, segundo o governo, é “semiautomático” e ganhou ritmo na última semana.

Em muitos casos, os brasileiros já receberam comunicações oficiais para deixar o país. O ministro afirmou que cerca de mil notificações de abandono voluntário já foram emitidas.

Se não cumprirem a ordem, os imigrantes poderão ser removidos de forma coercitiva pelas autoridades, após um novo procedimento legal.

Quase 1 em cada 5 pedidos é negado

A medida atinge imigrantes que estavam no antigo sistema de “manifestação de interesse”. Dos 184.059 pedidos avaliados, 150.076 foram aprovados e 33.983 negados — uma taxa de rejeição de 18,5%.

A decisão causou preocupação na comunidade brasileira em Portugal, especialmente entre aqueles que aguardavam regularização há meses ou até anos.

O governo português afirma que o objetivo é “ordenar o sistema migratório” e acelerar a resposta a milhares de processos parados.

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