Nos últimos meses, o interesse por medicamentos voltados ao controle do diabetes tipo 2 e à perda de peso cresceu significativamente — e dois nomes têm dominado as buscas: Mounjaro e Ozempic. Apesar de terem finalidades semelhantes, os dois remédios possuem composições e mecanismos de ação diferentes, o que impacta seus efeitos e indicações.
Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, pertence à classe dos agonistas do receptor GLP-1. Ele imita um hormônio natural que regula o açúcar no sangue, promove sensação de saciedade e retarda o esvaziamento gástrico, o que ajuda na perda de peso. Foi desenvolvido originalmente para tratar o diabetes tipo 2, mas se popularizou pelo uso off-label no emagrecimento.
Já o Mounjaro — nome comercial do tirzepatida — é uma medicação mais recente, aprovada nos EUA e em outros países para diabetes tipo 2 e com forte potencial para perda de peso. Ele atua em dois receptores: GLP-1 e GIP, promovendo uma ação dupla que potencializa os efeitos na regulação do apetite, controle glicêmico e metabolismo. Estudos têm mostrado que a tirzepatida apresenta resultados ainda mais significativos em perda de peso do que a semaglutida.
Especialistas alertam que, apesar da popularidade, os dois fármacos não devem ser usados apenas com fins estéticos e exigem acompanhamento médico rigoroso, especialmente para avaliar efeitos colaterais como náuseas, diarreias e risco de pancreatite.
Em resumo:
Ozempic (semaglutida): age apenas no GLP-1.
Mounjaro (tirzepatida): age no GLP-1 e GIP, com ação potencializada.
Ambos são aliados no combate ao diabetes e à obesidade, mas com mecanismos distintos que devem ser avaliados caso a caso por profissionais de saúde.
