Na correria do dia a dia, muita gente se deixa levar pela cor vermelha intensa da carne na hora da compra, acreditando que esse tom vibrante é sinal de frescor e qualidade. Mas esse pode ser um erro — e dos perigosos.
Isso porque técnicas como o uso de corantes, aditivos e até exposição estratégica à luz são usadas para manter a aparência atrativa do produto, mesmo quando ele já passou do ponto ideal.
O perigo pode estar escondido
Além da cor enganosa, há riscos invisíveis. Resíduos de medicamentos usados nos animais, como antibióticos e hormônios, podem permanecer na carne se o tempo de carência antes do abate não for respeitado. Isso pode provocar reações no organismo e até contribuir para a resistência a antibióticos.
Outro problema é a falta de transparência em rótulos e embalagens: dados incompletos, procedência duvidosa e falsificação dificultam o controle do que chega à mesa do consumidor.
O que observar ao escolher sua carne
Algumas dicas simples ajudam a evitar ciladas:
- Cor: carne vermelha demais por tempo prolongado pode ter sido manipulada;
- Cheiro: odor ácido, ferroso ou semelhante a amônia é sinal de que algo está errado;
- Validade e rótulo: verifique sempre a data, o número do frigorífico e a integridade da embalagem;
- Armazenamento: carnes resfriadas duram até 72h; congeladas, de 3 a 8 meses, conforme o tipo. Carne moída tem prazo de 3 meses no congelador.
Em casa, guarde a carne crua em recipientes bem fechados e longe de outros alimentos para evitar contaminação cruzada.
Escolha consciente vale mais que aparência
A carne pode até parecer bonita, mas só a procedência segura e o controle sanitário garantem que ela está realmente boa para o consumo. Prefira sempre estabelecimentos com inspeção oficial (SIF, SIE ou SIM) e que mantenham boas práticas de higiene.
