O debate sobre o tamanho do pênis e sua influência na satisfação sexual feminina é antigo, cercado de mitos, inseguranças e interpretações equivocadas. No entanto, estudos científicos recentes vêm esclarecendo essa questão com dados objetivos e, principalmente, com base na percepção real das mulheres.
Um dos levantamentos mais citados é o estudo conduzido pela Universidade da Califórnia em conjunto com o Instituto Kinsey, publicado no Journal of Sexual Medicine. A pesquisa entrevistou centenas de mulheres heterossexuais e pediu que elas escolhessem, com o auxílio de modelos tridimensionais, qual seria o tamanho ideal de um pênis para diferentes situações, como relações casuais ou relacionamentos duradouros.
O resultado apontou que, em média, o tamanho considerado ideal por elas para relacionamentos estáveis foi de 16 centímetros de comprimento e 12 centímetros de circunferência. Já para relações casuais, o padrão subia levemente para 16,25 centímetros de comprimento e 12,7 centímetros de circunferência. A diferença, segundo os pesquisadores, pode estar associada ao apelo visual ou à experiência momentânea, mais do que à funcionalidade ou conforto a longo prazo.
Outro estudo, realizado no Reino Unido com mais de 15 mil homens, demonstrou que a média do pênis ereto é de cerca de 13,1 centímetros de comprimento e 11,6 centímetros de circunferência. Ou seja, a maioria dos homens está próxima ou dentro da faixa considerada ideal por boa parte das mulheres, contrariando a crença de que apenas tamanhos muito acima da média geram prazer.
Especialistas em sexualidade também reforçam que a satisfação feminina está muito mais relacionada a fatores como o envolvimento emocional, a comunicação durante o ato, as preliminares e o respeito às preferências da parceira. O orgasmo feminino, por exemplo, está frequentemente associado à estimulação clitoriana, e não necessariamente à penetração.
Portanto, embora a curiosidade sobre o “tamanho ideal” seja compreensível, os dados indicam que ele não é determinante. A saúde da vida sexual depende mais da atenção, do cuidado mútuo e da construção de intimidade entre os parceiros do que de medidas exatas. A valorização de um padrão único pode gerar ansiedade desnecessária e prejudicar a autoestima, especialmente quando a ciência demonstra que prazer e conexão vão muito além de centímetros.
