A influenciadora Virginia Fonseca e a advogada e também influenciadora Deolane Bezerra não serão indiciadas pela CPI das Bets, que investigava a atuação de personalidades nas redes sociais na promoção de plataformas de apostas online.
A decisão foi tomada nesta quinta-feira (12), quando o relatório final da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) foi rejeitado por 4 votos a 3.
Rejeição histórica e reação da defesa
A rejeição do relatório representa um marco: segundo a Agência Senado, é a primeira vez em dez anos que uma CPI do Senado termina sem aprovar o relatório final.
A proposta previa o indiciamento de 16 pessoas, incluindo Virginia e Deolane, por supostos crimes como publicidade enganosa, estelionato, lavagem de dinheiro e uso de plataformas ilegais.
A defesa de Virginia comemorou a decisão com uma nota direta: “Fez-se Justiça”, declarou o advogado Michel Saliba, que ainda destacou o respeito à legalidade e à contribuição da influenciadora para o aperfeiçoamento da legislação sobre o tema.
O que motivava os pedidos de indiciamento
Virginia chegou a ser ouvida pela CPI em maio e admitiu, durante o depoimento, que simulava apostas em jogos usando contas falsas, o que acendeu o alerta para possível prática de estelionato.
A relatora da comissão argumentava que o conteúdo patrocinado poderia induzir seguidores ao erro ao mostrar vitórias irreais nas plataformas de apostas.
Deolane, por sua vez, também foi investigada por supostamente ter envolvimento na criação de sites de apostas ligados à lavagem de dinheiro, algo que nega.
Senadores divididos e promessa de desdobramentos
Votaram contra o relatório da senadora Soraya os senadores Angelo Coronel (PSD-BA), Eduardo Gomes (PL-TO), Efraim Filho (União-PB) e Professora Dorinha Seabra (União-TO).
A favor, além da própria relatora, estavam Eduardo Girão (Novo-CE) e Alessandro Vieira (MDB-SE).
Apesar da derrota no colegiado, Soraya declarou que vai entregar o relatório ao Ministério Público, à Polícia Federal, à PGR, ao STF e à Presidência da República, indicando que a pressão sobre os investigados pode não ter acabado.
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